Nós todos somos o amanhã!

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Tuesday 13 December 2011

A educação inclusiva é uma obrigação do ensino público e do privado

A Assessoria de Imprensa do Ministério Publico do Rio Grande do Norte divulgou “A educação inclusiva é uma obrigação do ensino público e do privado":


“A educação inclusiva é uma obrigação do ensino público e do privado e exige acessibilidade pedagógica”. Com esse pensamento a Promotora de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência, Iadya Gama Maio,  busca dar visibilidade a um trabalho de conscientização das escolas sobre a recepção e o desenvolvimento de alunos com deficiência.


Dessa vez a Promotoria de Justiça está trabalhando com as escolas da rede particular de ensino. Segundo Iadya Gama o trabalho na rede pública já está mais avançado no sentido de conscientização e fiscalização, mas muitas pessoas ainda desconhecem os seus direitos em relação a escolas privadas. “As escolas particulares também são obrigadas a seguir as determinações legais no que diz respeito à recepção e à aprendizagem dos alunos com deficiência. Mas percebemos que muitos pais desconhecem essa obrigatoriedade, achando que apenas a rede pública de ensino deve garantir a educação de crianças e adolescentes com deficiência, quando qualquer escola particular também tem essa incumbência. São comuns os casos de pessoas que acham que a escola pode se recusar a receber alunos com deficiência alegando falta de estrutura, o que não é aceitável”, explica a Promotora de Justiça.


O trabalho de conscientização vem sendo desenvolvido pelo Ministério Público junto às escolas privadas, inicialmente de maneira preventiva. Em julho deste ano foi realizada uma reunião que contou com a presença aproximada de 180 escolas da rede particular, onde foram discutidas as questões referentes à educação inclusiva. Na oportunidade ficou demonstrada a necessidade das escolas particulares inserirem o atendimento educacional especializado - AEE - em seus Projetos Políticos Pedagógicos, resultando em uma Recomendação ministerial.


Dando continuidade ao trabalho, no último dia 07, a 30ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, com atribuição na área de Direitos das Pessoas com Deficiência e Idosos, recebeu representantes do Conselho Estadual de Educação para discutir a implementação da educação inclusiva nas escolas da rede privada. No debate buscou-se formas de garantir que as escolas particulares assumam as mesmas obrigações da rede pública no que se refere ao oferecimento da educação inclusiva, com as diversas ferramentas que devem ser postas ao público-alvo da educação especial (pessoas com deficiência, transtornos globais  de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação).


O objetivo maior desse trabalho é garantir que toda criança e adolescente que possuir deficiência esteja matriculado e incluído em qualquer escola comum, seja ela pública ou privada, sendo a eles garantido o atendimento educacional especializado de que necessitem. “Precisamos pensar educação inclusiva de forma mais ampla. O que buscamos é uma inclusão pedagógica em todas as escolas, sejam públicas ou privadas, de forma a garantir que alunos com os mais diversos tipos de deficiência se sintam parte do processo de construção da cidadania”, explica Iadya Gama."


Fonte: MPRN
Contato: (84) 3232-7146 / pgj-ascom@rn.gov.br
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Cada um no seu quadrado - por Olivia Byinton


Tenho quatro filhos. De vez em quando penso comigo: não parecem nem da mesma mãe. João, Gregório, Barbara e Theodora têm estilos bem diferentes e cresceram com a minha maneira de lidar com eles, não só respeitando, mas valorizando isso.

O Gregório nasceu sabendo tudo, leu sozinho, argumentava sobre qualquer assunto como um palestrante desde criancinha, mas nunca gostou de sair de casa. Os amigos iam e e vinham e ele ficava aqui, recebendo. Era muito tímido quando pequeno, segurava a barra da minha saia, tinha pavor de monstros e palhaços e roía muito as unhas. Meu pai, que é psicanalista, um dia aconselhou: - Matricula agorinha no teatro e no futebol, tem que botar um fio terra nesse menino.

E assim foi feito.

Já a Barbara nasceu com uma mochila nas costas. Um dia, com 4 anos, anunciou: - Vou para a Praia Seca.

Eu espantei-me. Como assim? Eu nem sabia onde era isso. De fato, me ligou em seguida a mae do colega de maternal avisando que já estava tudo combinado entre ela e o amigo de 5 anos. E lá foi ela. Passei o fim de semana ao lado do telefone esperando que ela me ligasse arrependida, com medo de ficar na casa de estranhos. Que nada, apareceu de volta só no domingo à noitinha, de shortinho, com uma cesta de goiabas que ela mesma colheu nas árvores por onde se pendurou. E cresceu assim, dormindo pela casa das amigas, fazendo viagens inoráveis e sempre estudando muito. Aos 18 anos foi morar em Paris sozinha e se formou na Sorbonne.

A Theodora, festeira e animada, conhece a cidade inteira é extrovertida e carioca. A vida pra ela é uma grande festa e estudar é um programa de índio, difícil de se encaixar na agilidade do seu tempo. Conhece todas as musicas e grupos do planeta, e tem um Ipod fixo nas orelhas. Sua agenda de telefones [e maior do que a da Liege Monteiro.

Mas devo confessar que eu valorizo tudo isso e sou apaixonada pelos estilos de cada um por ter tido o João, meu primogênito, aos 22 anos. João veio ao mundo com uma síndrome rara, de difícil diagnostico, e logo de cara impôs à família inteira a sua condição de “diferente”. Nada aconteceu na hora prevista. Ele demorou a falar e, em vez de mamãe, disse: - Carro!

Ele demorou a andar e não engatinhou, ele demorou a fazer tudo o que outras crianças fazem sem os pais se darem conta. Mas cada coisa que o João fazia era uma vitória nossa, uma grande alegria, um passo importante.

Hoje em dia o Gregório é ator e escritor, a Barbara trabalha com livros, a Theodora, na sua militância adolescente, pensa em música e fotografia, e o João é feliz, adaptado, namora, trabalha e faz dança de salão. Procuro estar com eles individualmente, fazer viagens com cada um e nunca comprar presentes em série. Fujo das contas de igualdade, do tipo: o que um teve, o outro terá idêntico. Pra mim, um teve, o outro não, mas terá de outro modo. E de uma maneira acho que isso prepara para a vida que não padroniza, que improvisa, que surpreende e precisa da tolerância e da compreensão do outro. Cada filho é único, cada filho é um mundo maravilhoso indo de encontro ao arquétipo da alteridade.

(texto de Olivia Byinton - Colunista Convidada da Revista O GLOBO de 31 de Janeiro de 2010)

Tuesday 6 December 2011

MENTE LIVRE - A História de Joice Laki

Apresentação:

O livro autobiográfico Mente Livre escrito por Joice Laki, tem como objetivo mostrar aos leitores que a verdadeira felicidade está no interior de cada um e não em outros lugares, objetos e nas outras pessoas.
A obra é de fácil leitura, com poucas páginas e, conta de uma forma positiva; diferente da maioria das autobiografias, a história de uma jovem de 26 anos que ao nascer teve uma falta de oxigenação no cérebro que acarretou uma Paralisia Cerebral.
Mesmo com todas as suas limitações, teve várias conquistas como: estudos, graduação e reconhecimento. Também conta a luta contra a epilepsia, a trajetória até chegar à universidade e a convivência com os familiares e amigos.
O leitor lerá poucos trechos sobre a deficiência
da protagonista, e sim, sobre sua força de vontade, determinação e perseverança.
Joice também pretende com esse livro um projeto social, onde possa ajudar pessoas à serem felizes consigo mesmo e perceber que a felicidade está nas pequenas coisas.

 
"Queridos irmãos,
Venho através de este testemunho contar um pouco sobre a minha história de vida. Sobre a minha luta, quebra de obstáculos, sucesso e principalmente amor pela vida.
Em 10 de Janeiro de 1985, eu, Joice nasci duas vezes. Pois é! O cordão umbilical ficou enrolado no meu pescoço e nasci praticamente morta. A todo custo os médicos tentaram me reanimar e depois de um tempo eu chorei, mas veio uma triste notícia. A falta de oxigenação no cérebro causou uma Paralisia Cerebral e os médicos desenganaram meus pais. Falaram que eu não ia andar, falar e nem se quer raciocinar. Em outras palavras, eu seria um peso morto.
Meus pais não se conformaram muito com isso e, quando eu completei um ano de idade, eles já me puseram para fazer Fisioterapia e eu fui progredindo muito.
O tempo passou; e hoje, sou uma mulher de 26 anos, formada em Comunicação, trabalho em casa como escritora. Escrevi um livro chamado Mente Livre e quero que este livro vire um projeto que possa ajudar as pessoas a terem uma vida mais prazerosa, mais leve e que melhore a qualidade de vida mental"   Joice Laki