Nós todos somos o amanhã!

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Friday 20 May 2011

O Principezinho Diferente

Num reino distante nasceu um principezinho branquinho feito a neve. Já no seu nascimento o menino se mostrou um guerreiro, dizendo pra todos viveria, apesar de ter vindo com algumas diferenças de fabricação.A cada dia sua coragem era mais admirada. Teve que ficar quase um ano guardado, protegido para não se tornarem ainda mais acentuadas essas diferenças e um dia enfim pode ir pra casa, onde todos os esperavam cheios de amor.

O tempo passou e o menino saiu pra conhecer outros lugares, aonde tudo era bonito, tudo muito colorido e organizado. Nem imaginava que cantinhos assim não haviam sido feitos pra ele, pois as  pessoas de lá gostavam de manter tudo sob controle, evitando qualquer tipo de imprevisto em sua rotina beirando à perfeição.

Por este motivo a chegada do principezinho fez franzir a testa de algumas dessas pessoas. E não por serem más, elas eram boas, praticantes da caridade e adoravam ensinar que todos os seres humanos são iguais. Então, por serem tão generosas e se importarem, passaram a chamar aos meninos e meninas com defeitinhos de fabricação de “especiais”. Mas achavam que os especiais bagunçavam um pouco o cantinho organizado e mantido com tanto cuidado, então preferiam que gente igual ao princepezinho não caminhasse por lá,a fim de manter em ordem o dia-a-dia tão bem articulado do lugar.

As pessoas bacaninhas queriam continuar gostando do menino, dizendo o quanto ele era especial e ensinando as outras crianças a acharem o mesmo, mas se fosse possível, gostariam de exercitarem sua bondade mantendo certa distância do principezinho, sugerindo, para seu próprio bem, a sua permanência  em casa, onde estaria a salvo de qualquer perigo. 

O principezinho foi descobrindo sobre as complicações em ser diferente e percebeu que bem melhor do que a condição de especial era ser um menino como outro qualquer, mesmo carregando seus defeitinhos pra um lado e pro outro e se sentando no meio do pátio quando lhe desse vontade.

Só queria ir e vir...
Só queria ser um menino.
As pessoas do lugar  perfeito saberiam que ele jamais desistiria...

Ou esse mundo desandou de vez, 
ou é muito injusto fazer um pequeno ser, 
desde cedo, ser submetido à tanta provação. 
Eu não os conheço, o menino e a sua mãe, 
apenas me indignei e me solidarizei. 
Caso não tenham entendido nadinha do meu palavrório 
e quiserem saber mais, sigam-me os bons!


Texto "O Principezinho Diferente" de Milene Lima -  tive oportunidade de visitar seu blog, que recomendo a todos, principalmente às almas sensíveis. 

Monday 16 May 2011

Receita de Inclusão

Ingredientes:
  • 30 a 40 crianças genéricas (isto é, sem rótulos) da mesma faixa etária, ambos os sexos, com habilidades e competências heterogêneas
  • 1 a 2 crianças com rótulos catalogados na CID, CIF ou qualquer outra tabela não periódica.
  • 1 pacote de apostilas ou livros didáticos pasteurizados (não use produtos in natura que podem atacar os neurônios dos professores)
  • 1 pacote de avaliações que sejam rigorosamente idênticas na forma e no conteúdo
  • Giz a gosto

Modo de preparação
Pegue todos os ingredientes e coloque num liquidificador da marca "Saladeaula" e bata em alta velocidade por 200 dias letivos, até formar uma pasta completamente homogênea.

Caso, durante o processamento, a massa forme grumos de personalidade, brilhantismo ou atraso, encaminhe o ingrediente resistente para ser dissolvido por um especialista.

Se, mesmo assim, o ingrediente não se adaptar à massa, descarte-o, culpando os fornecedores (da marca PaieMãe) por sua má qualidade ou recomende que seja levado para um liquidificador especial (os melhores são os importados da marca Segregator).

Ao final do processo coe toda a pasta em peneiras de provas locais, regionais, nacionais, internacionais e aeroespaciais. Se você perceber que algum ingrediente corre o risco de não passar na prova e prejudicar o bônus do cozinheiro, sugira que ele fique doente no dia da prova.

Sirva acompanhado de reportagens laudatórias em revistas educação e inclusão.

Artigo de autoria de Fábio Andiron postado em seu blog "Inclusão : ampla, geral e irrestrita"


Sunday 15 May 2011

Dia Internacional da Família


Celebramos o dia internacional da família desde 15 de maio, desde 1994 quando a ONU celebrou o ano internacional da família, através do tema “Família, Capacidades e Responsabilidades num Mundo em Transformação”. (No Brasil, a comemoração pelo Dia da Família foi instituida em 1963, pelo presidente João Goulart, no dia oito de dezembro).

Naquela época, a família era composta por pessoas ligadas através de laços sanguíneos, constituída por todos os parentescos, como pais, avós, tios, primos, netos, sobrinhos, dentre outros. Antigamente as famílias eram patriarcais, se apresentavam com um núcleo composto por marido, mulher e filhos, sendo o pai a figura do chefe da família.

Desde então o conceito de família mudou muito em razão das mudanças socioculturais, econômicas e religiosas, especialmente as conquistas da mulher no mercado de trabalho, tornando-as independentes dos maridos pelo fato de conseguirem se manter financeiramente. Se antigamente a família convencional era formada somente com o casamento, hoje em dia a família também decorre da união estável, da s uniões homoafetivas e da união de apenas uma pessoa com sua descendêcia (família monoparental) devendo receber o mesmo tratamento e a proteção do Estado.

A vida em família é muito importante pois as pessoas necessitam umas das outras. Inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da personalidade humana mas, inegavelmente, a família é a mais importante de todas. É ela que proporciona as recompensas e punições, por cujo intermédio são adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. É instituto no qual a pessoa humana encontra amparo irrestrito, fonte da sua própria felicidade. Obviamente, compartilhar momentos de afetividade com os parentes só faz bem para as pessoas, traz proximidade, calor humano, harmonia, amor, carinho, sentimentos que as pessoas precisam para serem felizes.

Quando alguém começa a questionar os valores da família, ou é porque está sem valores, ou porque está sem família.”  (Pe. Zezinho)



Friday 13 May 2011

Educação Domiciliar

Não sei é de conhecimento de todos que sou adepta ao movimento do homeschooling por diversas razões.

Acho que os pais devem ter o direito de participar ativamente da educação de seus filhos.

Tenho vivenciado na escola situações de exclusão, bullying, preconceito e até nepotismo. Pais de crianças portadoras de necessidades especiais tendo dificuldade de matricular criança na escola e ver atendidas as necessidades de seus filhos. As escolas estão preparadas somente para o atendimento ao aluno padrão e completamente despreparadas para aqueles que não se enquadram dentro desse modelo padronizado previamente.

Enquanto as escolas públicas abrem as portas para a as familias, comunidade e os "Amigos da Escola", algumas escolas particulares estão fazendo de tudo para afastar a família a fim de esconder a prática de bullying e evitar ações judiciais ao invés de participar ativamente da construção de cidadãos em conjunto com as famílias, indo na contra-mão da pedagogia moderna e da política educacional.

Compartilho então, aqui no blog, o artigo que saiu publicado na revista Época - Quem educa melhor? Os pais ou o Estado?

Também indico a leitura de:  Tiraram dos Pais o Direito de Educar os Filhos   e  de um artigo de minha autoria publicado na Revista Investudura Educação Domiciliar: O Direito de Escolha.

Tenho absoluta certeza de que, com a autorização legal para a Educação Domiciliar, as escolas, notadamente as particulares, irão se esmerar na educação e também no atendimento às famílias, melhorando sensivelmente a qualidade do serviço oferecido ao consumidor.

Tuesday 10 May 2011

STF reconhece união homoafetiva por unanimidade


O reconhecimento legal da união homoafetiva, torna praticamente automáticos os direitos que hoje são obtidos com dificuldades na Justiça.
"O reconhecimento, portanto, pelo tribunal, hoje, desses direitos, responde a um grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida", afirmou a ministra Ellen Gracie. 

Com a decisão do Supremo, os homossexuais passam a ter reconhecido o direito de receber pensão alimentícia, ter acesso à herança de seu companheiro em caso de morte, benefícios previdencários, podem ser incluídos como dependentes nos planos de saúde, poderão adotar filhos e registrá-los em seus nomes, dentre outros direitos.

As uniões homoafetivas também serão consideradas entidade familiar como a família convencional formada com o casamento, a família decorrente da união estável e a família monoparental e, portanto, recebendo a proteção do Estado.
Entretanto a luta continua, o fim da discriminação e da intolerância exigem mais do que o reconhecimento legal, exigem uma mudança de mentalidade. 

Saturday 7 May 2011

FELIZ DIA DAS MÃES PARA MÃES ESPECIAIS

Gostaria de homenagear a minha mãe, em nome de todas as mães.


Dra. Ana Nery - além de ser minha mãe, foi mãe de muitos, e muitos insulanos – médica, pediatra, dedicou toda a sua vida às crianças, especialmente as carentes. Foi capaz de fechar seu consultório particular para cuidar de suas filhas quando adoeceram, mas nunca deixou de trabalhar no serviço público. Muitos pacientes que atendera no Hospital Nossa Senhora do Loreto e no Posto de Saúde Necker Pinto passaram a procurá-la em casa, depois que se aposentou.

Formou duas filhas, me fez advogada, mestra em Direito, me fez professora e, hoje, me fez ser a mãe guerreira que sou – plantou em mim meu amor incondicional – meu amor de mãe. Foi e sempre será uma mãe especial. E hoje, é uma avó especial.

Sempre esteve presentes em todos os momentos da nossa vida, nos bons e nos ruins, comemorando ou nos dando seu colo, seu consolo e sua força. Em um momento especial foi ela quem esteve sempre do meu lado.

A gravidez e o parto costumam ser um momento mágico na vida de uma mulher, é o momento em que ela se torna mãe. Comigo foi um pouco diferente. Quando descobri que estava grávida foi com minha mãe que comemorei. Ela esteve presente em todas as ultra-sonografias e consultas vibrando a cada momento. No último exame uma dúvida, um pouco mais de liquido do que o normal e a indicação de que o meu bebe poderia ter problemas. No meio de tanta alegria foi um golpe que minha mãe, apesar de seus conhecimentos técnicos e, portanto, estar muito mais apreensiva do que eu, soube me dar esperanças.


No parto as dúvidas se transformaram em uma certeza: o bebe tinha problemas; e muitas outras dúvidas surgiram, pois nunca se chegou a um diagnóstico. Neste momento, foi minha mãe quem não me deixou sentir derrotada ao receber meu bebê com tantos problemas. Obviamente passei por momentos de medo, cansaço e dor, mas ela me ensinou a transformar todos esses sentimentos em armas para concluir que fui uma mulher escolhida por Deus para cuidar de um anjinho enviado por Ele.
Meu filho saiu da sala de parto direto para a UTI, sem mim. Só consegui vê-lo 36 horas depois de seu nascimento, mas nestas longas horas, ele não poderia ter tido uma mãe melhor: a minha, sua avó.
Logo na primeira semana dentro da UTI, em um hospital particular conceituado na Zona Sul, fui informada do horário de visitação e desencorajada a permanecer ao lado do meu filho como se ele já fosse um caso perdido – aquele filhote abandonado por um animal por não ter chances de sobreviver. As visitas de familiares eram vedadas e a dos avós, restritas a uma hora determinada, dois dias por semana, lhes sendo vedado uma longa permanência. As mães não eram proibidas de ficar em companhia dos filhos mas muito desencorajadas, especialmente à noite, “por estarem de resguardo”, apesar de estarem amamentando. Preferiam dar leite manipulado e mandar a mãe descansar – uma insistência demasiado estranha. Fui uma felizarda por ter uma mãe médica, que não podia ser proibida de acompanhar meu filho enquanto eu descansava, afinal, ficamos sob internação hospitalar por um ano inteiro.

Com o tempo descobri que a presença dos pais incomoda por causa da fiscalização exercida – fiscalização esta que garantiu a vida do meu bebê. Pais vêm incubadoras desligadas, bebês amordaçados com chupetas coladas por esparadrapo, crianças sendo re-entubados desnecessariamente para aprendizado de residentes, etc. Passados dois meses de internação, recebi uma ordem despejo por parte da Diretora da Equipe - também mulher e mãe - me intimou a procurar um hospital pediátrico para a transferência de meu filho pois não queria que ele morresse nas mãos de um profissional de sua equipe! Não sei o que seria de mim sem o apoio da minha mãe. Me condoía pelas outras mães que não tinham a sorte de poder contar com as suas próprias mães e dos bebês que, no final, ficavam à própria sorte. Quantas vezes, como médica a 35 anos, não foi ignorada e questionada em sua técnica quando se posicionava em relação a determinados procedimentos e lhe respondiam: “ Vovó, não é assim, você aqui é só a vovó. Sabemos o que estamos fazendo.” E nestes termos, meu filho passou um ano tomando leite quando era alérgico, pois em uma equipe a única pessoa que ventilava a hipótese de alergia era a vovó (médica, pediatra a mais de 35 anos)!

Minha mãe conseguiu juntar mais uma família que já era unida. Juntou suas duas filhas, seus respectivos maridos, minha sobrinha e meu filho sob sua proteção. Vivemos hoje orgulhosamente juntos, três famílias em uma só casa, nos alimentando de esperança, buscando um diagnóstico, lutando pelo meu filho – tudo graças a ela: A MÃE DE TODOS NÓS. Nossa trajetória foi percorrida com muito sofrimento e luta, mas sob a proteção do amor incondicional, o amor de mãe.

E foi também com ela, sob sua orientação e com a garantia de sua proteção que, nestes 6 anos de luta sem trégua, pude abandonar minha vida profissional e social pelo maior amor que existe na Terra, viceral, eterno e divino – o amor de mãe. Deixei a advocacia e o magistério para me dedicar informalmente a medicina, a enfermagem, a fisioterapia, a fonoaudiologia, a terapia ocupacional e demais carreiras das quais a vida do meu filho ainda depende – todas não remuneradas. Minha nova profissão: MÃE. Espero estar sendo para meu filho a grande mãe que ela – a avó – é para ele.

Ficamos internadas com meu filho um ano inteiro – a curta licença à maternidade acabou e chegou a licença sem vencimentos e às rescisões contratuais trabalhistas. Minha mãe e eu sabemos que:
  • Mães especiais não têm salário e não têm qualquer auxílio previdenciário! Elas são obrigadas a abandonar tudo, inclusive a vida profissional para acompanhar seus filhos internados em um hospital.
  • Muitas acabam abandonadas por seus maridos e têm que lutar sozinhas pela sobrevivência de seus filhos especiais.
  • Muitas são criticadas pelas famílias por estarem lutando por crianças que, muitas vezes, não têm esperança e os gastos com tratamento são considerados um “investimento sem retorno”.
  • Todas são obrigadas a enfrentar grandes batalhas: a busca pelo diagnóstico, a busca pelos profissionais adequados, a incansável luta contra os Planos de Saúde pelas coberturas dos tratamentos e exames necessários, a luta para conseguir remédios e alimentos especiais, muitas vezes importados e disponíveis somente com preços absurdos, vagas e reservas em hospitais, filas para marcação, remédios atrasados ou trocados - sangue trocado, profissionais despreparados para lidar com o cliente, especialmente a família adoecida e traumatizada (mesmo em hospitais particulares – top de linha).
  • As poucas que lutam pelos seus direitos e pela vida de seus filhos, sofrem preconceito (“a barraqueira do quarto 501” está reclamando porque o antibiótico está com 5 horas de atraso”)
  • Muitas enfrentam batalhas com médicos que se recusam a aceitar o direito do paciente a uma segunda opinião e à junta médica. A vaidade e corporativismo são camuflados pela alegação de ética profissional!
Apesar de todas as condições adversas, minha família não me abandonou. MINHA MÃE NÃO DESERTOU. Ao contrário de muitas avós modernas que vêm os netos aos finais de semana e ocasiões especiais, ela também deixou tudo pelo meu filho. Foi minha mãe que me ensinou, citando Taylor Smith: “Podemos escolher ser vítimas ou sobreviventes de nossas histórias”.

A minha mãe merece ser muito mais do que a capa do jornal, ela deve ser modelo de conduta, exemplo a ser seguido por muitas mulheres porque espelha o amor incondicional de mãe e avó - duplamente mãe - e pode representar muito bem, além de todas as mães insulanas, principalmente aquelas que receberam de Deus um filho especial. E, por experiência própria, como conheço, com riqueza de detalhes a vida árdua dessas mulheres – dedico também a elas meu carinho, meu respeito, minha solidariedade e também esta homenagem, fazendo um apelo a todos os leitores, principalmente as autoridades, para que trabalhem em prol dessas mulheres guerreiras, que abandonam tudo, menos seus filhos.


E assim concluo:

"Para Deus presentear a terra com uma criança especial, primeiro ele prepara um ventre iluminado...
Depois Ele escolhe uma mulher forte o bastante para saber lidar com esta benção...
Depois ensina o amor incondicional a esta mulher!
Por isto bendito é o ventre que gera uma criança especial e abençoada é você entre mil mulheres,
assim como um dia foi Maria a mãe da mais especial de todas as crianças que habitaram este mundo, tão pouco generoso, tão incapaz de aceitar as diferenças. Serei sempre ciente de que sou uma privilegiada por Deus e jamais penalizada...
Recebi uma criança que tem capacidade de amar mais que qualquer outra que se julga normal, e se amar sem limite é defeito, sejamos todos defeituosos de amor!!!!
Obrigada meu Deus, por ter me escolhido!"
Prece de uma mãe especial


Mais do que um filho especial eu tenho uma Mãe especial.

FELIZ DIA DAS MÃES !

Dia nacional de prevenção a Alergia

Dia 07 de maio- Dia nacional de prevenção a Alergia!
 
Aproveitando a data, gostaria de pedir sua atenção especial a esse texto, que tem como objetivo informar as pessoas a respeito da APLV(Alergia a Proteínas do Leite de Vaca), a qual atinge cerca de 2,5% das crianças menores de 3 anos, e que se não for corretamente tratada e diagnosticada, pode se agravar e desencadear diversos sintomas graves, inclusive a morte.
 
Seja solidário,  leia com atenção o artigo a seguir, e repasse aos seus contatos! Faça a sua parte! 
 
 
O que é Alergia a proteínas do Leite de Vaca?
 

Também conhecida como APLV, a alergia ao leite de vaca é uma reação alérgica às proteínas presentes no leite de vaca e em seus derivados. A alergia pode ocorrer por conta de um contato prematuro com a proteína integral do leite quando ingerida pelo bebê. Logo que nascemos, o nosso intestino ainda está imaturo, e a ingestão dessas proteínas pode iniciar um processo de inflamação no aparelho digestivo. Se for diagnosticada correatmente, a APLV , pode ser tratada com dieta de exclusão dos alérgenos do cardápio do bebê ou da mãe, e quando seguida corretamente pode evitar várias complicações, tais como :desnutrição grave, déficit de crescimento, baixo ganho ponderal, entre outras...

É mais comum em qual idade?

A alergia ao leite de vaca atinge cerca de 2,5% dos bebês e crianças com menos de 3 anos, já os adultos, raramente têm a doença.


Quais os sintomas?

Geralmente portadores de APLV apresentam um ou mais sintomas como: vômitos, diarréia, dor abdominal, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes, dermatites(vermelhidão na pele, descamação, pequenas bolhas e"pele grossa"), problemas respiratórios (asma, chiado no peito, rinite...), e emagrecimento.Apesar da maioria das pessoas não terem conhecimento, a alergia alimentar,  pode levar a reações alérgicas fortissímas e em casos extremos, inclusive reação anafilática .Essas reações  podem aparecer minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou seus derivados, de forma  persistente ou repetitiva, e independe da quantidade de alimento alérgeno ingerido, mas sim do grau de sensibilidade ao alimento. Estes sintomas também estão presentes em outras doenças, o que faz com que nem sempre o diagnóstico seja feito de forma rápida e correta,  sendo a APLV confundida com outras patologias.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pelo médico, baseado em resultados de exames ou avaliação clínica, já que parte das alergias alimentares são alergias não mediadas por sangue, ou seja, nem sempre são descobertas por meio de exames. Dependendo das condições de saúde do paciente, pode-se também fazer o teste de provocação, que consiste na retirada dos alimentos alergênicos para melhora dos sintomas e depois, sua reintrodução, e então a observação de repetição ou não de sintomas, fechando assim o diagnóstico correto.
 
Uma criança APLV pode receber aleitamento materno?
 
Sim. A mãe deve e pode amamentar. O leite materno é o alimento ideal até os 6 meses de idade. Ele previne alergias e fortalece o vínculo entre mãe e filho. No caso de bebê alérgico, a mãe deverá seguir dieta especial sem leite e derivados, sempre sob orientação de médico ou nutricionista.

 
E se meu filho não for amamentado no peito,deve seguir alguma dieta especial?
 
Sim .É necessária a exclusão completa de leite de vaca e seus derivados, além dos alimentos industrializados que podem conter leite ou derivados, tais como: caseína, caseinato, soro de leite, proteínas  do soro, entre outras nomeclaturas. Também deverá ser necessário o uso de fórmula especial hipoalergênica, que será prescrita estritamente pelo pediatra.
 
Atenção :Leite de cabra, soja, ovelha, búfala também podem causar reações alérgicas e não são indicados no caso de APLV.
 
Com que idade a APLV tende a acabar?
 
Metade das crianças com APLV melhora por volta de um ano de idade. A maioria, cerca de 90%, está curada ao completar 3anos. São raros os casos de APLV  que persiste pelo resto da vida. No entanto, na APLV IgE-mediada cerca de 35% desses pacientes persistem sintomáticos.
 
Fatores hereditários:
 
Cerca de 80% de pessoas que tenham pai ou mãe com doenças alérgicas como asma ou rinite desenvolvem estas mesmas doenças! 
 
*Números divulgados pela ASBAI.
 
 
Luciana Carlos (mãe do Diego - 2 anos e Lucas - 7anos)

Tuesday 3 May 2011

"Modelo de Exclusão"

Ainda estou consternada e sob efeito de grande emoção mas me sinto na obrigação de dividir com todos o ocorrido.

Já relatei a todos que meu filho só foi matriculado na Escola, em 2009, mediante uma Notificação que foi feita após 2 meses de negociações.  Também relatei as exigências absurdas que me foram feitas pela então
vice presidente da Associação que hoje se encontra Presidente. Infelizmente, em agosto de 2010, tendo comparecido somente 5 vezes a escola naquele ano, a matrícula foi trancada para tratamento médico.

Agora, em abril de 2011,  a equipe médica finalmente o liberou para voltar às atividades  escolares  e solicitei o destrancamento da matrícula em documento escrito, acompanhado de laudo médico. A Diretora entrou em contato comigo no patio da escola me encaminhando para falar com a Supervisora da Educação Infantil para acertar a volta antes de que esta saísse de licença médica, o que foi feito.  Comprei o material que me foi
solicitado, uniforme novo mas, quando fui buscar o boleto do pagamento, fui informada na Secretaria que por ordens da Presidente  da Associação a matrícula só poderia ser efetuada após a assinatura de um contrato  -
contrato este cuja licitude e obrigatoriedade foi discutida anteriormente e, cuja própria presidente afirmou em documento escrito direcionado a um outro associado que "trata-se de um contrato facultativo".  Obviamente informei que tomaria as medidas cabíveis para que, na semana seguinte, uma ordem judicial garantisse o direito de meu filho de comparecesse à escola.

Passado algum tempo recebi um telefonema da Secretaria da Escola informando que a "Presidente havia dito que permitiria a entrada de meu filho na escola na segunda-feira"  - notem exatamente que não recebi a
informação de que meu boleto estava impresso, de que a Escola havia cumprido seu dever mas de que " a presidente permitiria a entrada de meu filho na segunda-feira".    Meu filho tem direitos e tem dignidade como
o filho de qualquer um de vocês e, informei a escola que ele só compareceria após receber o boleto impresso para efetuar o pagamento. A escola me telefonou informando que o boleto havia sido impresso e meu filho voltou ao convívio escolar.

Como a maioria de vocês já devem ter visto, meu filho chega após o horário da entrada e normalmente sai antes da hora da saída  por diversos motivos - cansaço, saúde, disponibilidade de transporte  ( a vaga do deficiente vive ocupada  com veículos de condução escolar principalmente).  Muitas vezes meu filho sai da sala de aula para descansar, comer ou cochilar e depois volta para as atividades  - pois suas necessidades são diferentes  e, neste intervalo,  ele precisa estar em segurança,  na proximidade de banheiros, cantina, tomadas, telefones para pedir socorro.  Ele também frequenta a quadra, a  sala de informática e a biblioteca  e, COMO TODO ALUNO, TEM DIREITO DE ACESSAR OS AMBIENTES DA ESCOLA.

Hoje, após correr na aula de Educação Física, fez um esforço maior e ficou muito cansado, sentamos no pátio para permitir que ele e  também as pessoas que garantem a sua vida carregando-o e carregando seu
equipamento descansassem. Como ele pareceu exausto, resolvemos que dalí mesmo ele deveria ir embora e mandamos chamar seu transporte.   Foi com grande surpresa que fomos interpeladas pela Prof. Sandra do Jardim  para solicitar que retornássemos ao espaço da Educação Infantil pois um acordo entre a Presidente da Escola e a Diretora resolveu que meu filho não poderia ter acesso ao pátio da escola e deveria entrar e sair pelo portão da Educação Infantil onde neste final de semana eles fizeram uma rampa!!!

Acessibilidade significa RAMPA!   Colocaram uma rampa no portão e um banco vermelho no parque  mas esqueceram que meu filho tem direito de frequentar toda a escola como todos os demais:

  • ele frequenta a quadra  e não existe rampa para a quadra,
  • ele frequenta a sala de artes e não existe rampa para acessá-la,
  • ele frequenta a biblioteca, a sala de informática  e muitas vezes tem que ficar esperando aparecer o funcionário com a chave para garantir o uso do elevador,
  • ele precisa comprar água na cantina,
  • ele tem acompanhantes que precisam usar o banheiro e também lanchar dependendo do tempo que ele fique na escola.

O portão do pátio para o parquinho da Educação Infantil NUNCA teve cadeado - em 2009 quando ele lá estudava não havia cadeado  e ele entrava e saia pelo portão principal da escola e aguardava seu transporte no pátio.  Ele aprendeu a entrar na escola pelo portão principal  e não aceita entrar na escola  por outro portão.

A Diretora da Escola, pedagoga experiente deveria entender que é meu filho o portador de necessidades especiais, é ele que tem dificuldade de entender - somos nós que temos que nos adaptar e ajudá-lo a aprender dentro das suas necessidades,  ao invés de dificultar e obrigá-lo a entender regras absurdas que estão mudando a todo dia simplesmente porque a pessoa que "está no poder" resolveu mudar o que já vem sendo feito há 50 anos!   E para quê?   Quando meu filho passar para o Ensino Fundamental não terão que recebê-lo do outro lado da cerca de qualquer forma?

A análise de todos os atos desde 2009 quando de sua matrícula demonstram que a Direção da Escola vem, reiteradamente, tentando me fazer desistir e retirá-lo da escola, me fazendo passar por situações vexatórias e
constrangimentos deliberadamente.

A presença do meu filho no pátio da escola aguardando seu transporte em segurança ou tendo um momento de descanso não atrapalha ninguém e não gera nenhum barulho, até porque o patio não é local de aula e é, também, o mesmo ambiente onde os adolescentes que estão frequentando o turno da tarde também aguardam seus pais e transporte.

Finalmente gostaria de salientar que tal assunto é de interesse de todos, não só dos pais e responsáveis de crianças portadoras de necessidades especiais.  Todos devem ter consciência de que a deficiência pode ser adquirida em qualquer fase da vida e por qualquer pessoa... NINGUÉM SABE O QUE LHE RESERVA O DIA DE AMANHÃ...