Nós todos somos o amanhã!

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Wednesday 20 May 2015

Inclusão - Cobrança de Taxas Extras para Alunos Deficientes

Educação é para todos!!! E o Princípio Constitucional da Isonomia garante o tratamento desigual entre os desiguais para que eles possam ter as mesmas oportunidades, o que significa que crianças especiais tem direito à frequentar a escola regular, ter suas necessidades especiais atendidas sem ter que pagar mais somente em razão de sua deficiência. 

Esta semana saiu na uma matéria na Revista Época sobre Escolas particulares cobrando taxas e valores diferenciados para alunos portadores de deficiência. Além de ilegal é imoral e indecente! 

A mensalidade deve ser calculada já incluindo gastos com todos. Os salários dos mediadores, a existência e manutenção de sala de recursos multifuncionais e toda e qualquer investimento que a escola precise, deve estar integrado nestas despesas para o calculo do valor da mensalidade. Não é o cadeirante que tem que pagar a rampa ou o elevador que a escola tem! 

Obviamente já me deparei com a opinião de mães que acham que devem pagar pelo custo do mediador ou por um atendimento diferenciado - imagino que pensam que deve ser algo como comprar uma passagem aérea de Primeira Classe ao invés de mandar o filho deficiente viajar na classe econômica. Será?? 

Lamento desagradar algumas pessoas mas, preciso deixar claro que é por causa desta postura que o ensino particular anda capenga! Como se as escolas particulares não tivessem obrigação de garantir um serviço de excelência, um serviço que está sendo pago e tivessem licença para prestar um mal serviço. 

O consumidor tem direito à garantia pelo serviço prestado, não tem? Não é um absurdo as escolas particulares chamarem os pais para pagar por aulas de reforço ou, às vezes, indicar um profissional fora da escola para dar aula de reforço, fazendo propaganda ou terceirizando um serviço pelo qual já foi pago para realizar com excelência?!

Muitas pessoas podem até me achar exagerada mas, se algum dia fosse chamada na escola para tratar aulas de reforço, acreditem, o último profissional que contrataria seria o indicado pela escola - vejo esta relação até com suspeição, pois enseja a possibilidade até de transação monetária, comissão sobre o valor de cada aluno indicado! 

Falo de inclusão com muito conhecimento de causa - desde 2009 carrego em minha bagagem vários anos de luta pela inclusão: 

  • 3 anos intermináveis e terríveis de lutas contra uma escola rica e de grande porte - por conta de exclusão e bullying, tendo pedido socorro à todas as autoridades e instâncias possíveis - desde a Secretaria de Direitos Humanos em Brasília, passando por Conselho Tutelar, CRE, Ministério Público e Vara da Infância - para ao final concluir que nenhum deles estava se importando com os interesses do meu filho, pelo alto valor de mensalidade que ele pagava e pelo fato de estar sendo impedido de frequentar a escola - eu pagava e não recebia qualquer contraprestação mas meu filho, de vítima, foi transformado pelo sistema em algoz de uma escola maravilhosa que colocou uma rampa, como se todos os problemas da educação inclusiva fosse resolvida pela colocação de uma rampa! 
  • 2 anos em uma escola bem menor, sem vaga de deficiente na porta (correndo um risco enorme para sair do carro com cadeira de rodas e tanto equipamento médico), sem elevador, sem rampa, sem sala de recursos, sem sala de artes/biblioteca/laboratório de informática, sem um local apropriado para fazer a higiene dele. Lá, apesar de toda falta de estrutura, das condições precárias até para higienizá-lo e de ter que levar todo material separado, inclusive didático, considerei que valeu a pena o primeiro ano, apostando na boa vontade das pessoas. Mas, vira ano, os profissionais mudam e nem sempre as pessoas novas tem a a mesma sensibilidade e bom senso. Depois de perguntas como "O trabalho do seu filho também vai para o mural com os outros?" e ‘Recebemos pouco para ainda ter que aguentar essas famílias doentes", de salas e banheiros interditados impedindo que ele circulasse em paz pela escola percebi que o custo-benefício da inclusão não compensava! 
  • 1 ano e meio de Educação Domiciliar onde meu filho tem tudo o que precisa, o que merece e mais um pouco - Psicopedagoga, Professores, Terapeuta Ocupacional, Professor de Educação Física/Personal, computadores, tablets, retroprojetor com telão, piscina, parquinho, brinquedos, caixa de areia, cama elástica, uma sala de aula 3 vezes maior que a sala da última escola, quadro branco, quadro magnético, todo o tipo de material adaptado, livros, fantasias, etc. 
Felizmente tenho condições de dar a ele uma educação muito melhor do que a oferecida tanto nas escolas públicas quanto nas particulares. Mas e se não tivesse? Eu até poderia pagar cota extra em escola, mas o fato de poder pagar extra para meu filho, não significa que esta cobrança seja legal ou que não tenha que defender o interesse de tantos outros que não podem pagar esta taxa extra! Não posso simplesmente cruzar os braços e fingir que está tudo bem, que outras mães não precisam de socorro!

Vamos fazer um paralelo para que todos entendam - a Câmara dos Deputados foi adaptada para receber Deputados Deficientes. Quem arcou com as modificações, a Câmara ou o Deputado Deficiente?

Ora, QUALQUER EMPRESA QUE LUCRA COM A PERMISSÃO PARA A PRESTAÇÃO DE UM SERVIÇO QUE É DE RESPONSABILIDADE DO ESTADO, TEM QUE ARCAR COM O ÔNUS DO DEVER ASSUMIDO, NÃO É SÓ FICAR COM O BÔNUS! Isso não vale só para escolas, vale para empresas de ônibus, fornecimento de água, luz, concessionárias que assumem manutenção de pontes e estradas, etc!

Educação é dever de todos, as melhorias de infraestrutura nas escolas deve ser pagas pela instituição pois são melhorias que se incorporam e valorizam ao seu patrimônio. Já os demais gastos com material e profissionais devem ser incorporados à contabilidade da escola e diluídos por todos os alunos, como se faz com o material de limpeza, o pessoal da faxina, inspetores, seguranças, etc. e não suportados por quem já passa por tantos problemas e já tem tantos custos extras com suas necessidades especiais.

A inclusão não beneficia somente as crianças deficientes, ao contrário, acho que beneficiam mais às outras crianças, que não conhecem dificuldades na vida. Volto sempre ao mesmo ponto - ao bem enorme que o convívio com as crianças deficientes faz para as faz para às crianças "ditas normais" - talvez elas sejam as que mais tenham a ganhar com a inclusão. Escolas particulares tendem a classificar alunos, separa-los em turmas padronizadas - os alunos que vão para a turma "A", onde todos são muito bonitos, saudáveis, tiram notas parecidas, podem comprar o mesmo brinquedo, etc. A criança é criada num gueto, com a falsa impressão de que o mundo é daquele jeito. Não aprende a lidar com certas dificuldades porque nem sabe da existência delas. Num futuro, se for reprovada num teste, não saberá como enfrentar essa situação. Se sofrer um acidente, perdendo uma perna, por exemplo, será capaz de suicidar-se por total despreparo emocional.    E se elas ganham tanto, crescendo como pessoas, não existe mal nenhum ou nenhuma injustiça,  no rateio de todas as despesas com mediadores ou materiais diferenciados no cálculo da mensalidade - nada mais é do que o Princípio da Justiça Distributiva (distribuição justa, equitativa e apropriada na sociedade, de acordo com normas que estruturam os termos da cooperação social).

Convido todos os leitores a participar desta luta, assinando esta Petição pedindo a Punição das Escolas que cobrarem valores diferenciados para deficientes ou taxas extras - Posted by Consuelo Martin on Wednesday, May 20, 2015

Wednesday 13 May 2015

Intolerância contra Deficientes: SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!

A inclusão é um sonho distante,  este mundo intolerante não está preparado para lidar com as diferenças.

A gente luta tanto para ensinar aos filhos deficientes serem autossuficientes, independentes mas, com certeza, não podemos deixá-los à solta, a mercê de toda sorte de pessoas individualistas, intolerantes e violentas!

E no final, as pessoas saem impune, como se nada tivesse acontecido... enquanto as vítimas, guardam mais um trauma indelével em sua vida.

Quem ainda se lembra da vizinha que espancou a criança deficiente no elevador?  O que aconteceu com ela??

Agora, um deficiente, já adulto, é agredido por um lutador na farmácia.  As filmagens são claras, o rapaz só encostou no agressor na fila - muitos deficientes tem problema para andar, claudicam, perdem o equilíbrio... isso é normal.  Quem anda na rua tem que estar acostumado a interagir, esbarrar em alguém, tomar um pisão no pé sem querer, isso faz parte da vida.  O que não faz parte é agredir violentamente uma pessoa na rua, deixando-a desacordada, por ter levado apenas um esbarrão. Lugar de lutador é no ringue, não nas ruas!

E não adianta dizer que isto só acontece no Brasil, pois este ano um piloto da United Airlines fez um pouso de emergência apenas para expulsar uma jovem autista que viajava com seus pais nos Estados Unidos da América - aquela terra que todo mundo diz ser evoluída e inclusiva!    A pobre garota só estava com fome e, por todas as questões de "segurança"  não podemos levar comida, bebida ou mesmo medicamentos conosco no voo.     Ao invés de fornecer comida e todo o necessário para os pais que sabem lidar com a deficiência da filha, o piloto faz pouso de emergência para retirar a menina do voo sob alegação de "não se sentir confortável" com a situação.  Espero sinceramente que a UNITED AIRLINES seja condenada de forma exemplar pelas Cortes Norte Americanas, uma indenização tão vultuosa que permita a menina fazer inúmeras viagens.  Espero também que esse piloto despreparado perca o emprego e vá trabalhar em outra área - até porque a posição de piloto exige que lidem com situações "desconfortáveis" com frequência.  Pilotos e Comissários precisam ter preparo  para lidar com todo o tipo de situação e todo o tipo de pessoas, inclusive deficientes. 
Constantemente as pessoas me perguntam porque ainda não levei meu Arthur na Disney.  Exatamente por isso!  Meus problemas já vão começar no embarque, precisando levar aspirador, oxigênio, comida especial e pastosa para refeições a cada 2 horas  e todo o estresse que terei com os abusos de poder de comissários e pilotos caso ele resolva chorar ou desmaiar no voo... não posso nem pensar!

Ainda bem que, hoje em dia, vivemos em um grande reality show e existem câmeras espalhadas por todo o canto e pessoas  com celulares que filmam e publicam mesmo!!!   Quem sabe o medo de passarem por tamanho vexame faça com que as pessoas mudem de atitude???

Então: NÃO FAÇA BESTEIRA  E  SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO!


Saturday 9 May 2015

Programação Cultural: "O Reino dos Mal Educados"

A estrelinha da marca "Tudo Bem Ser Diferente"  está mais uma vez em cartaz no Teatro dos Grandes Atores.  Desta vez ela encara a professora Ana Fralda, que leciona em uma escola no "Reino dos Mal Educados".

A peça se passa no “Reino dos Mal Educados” e nos conflitos que nascem quando recebem visitantes vindos do “Reino da Educação”.  Ana Helena  representa a Professora Ana Fralda que leciona na escola deste reino, onde a rainha come meleca, as crianças aprendem a falar de boca cheia, desobedecer os pais e as palavrinhas mágicas "por favor", "obrigado" e "com licença" não devem ser usadas.

Ana Helena contracena com seu pai, Luiz Barcellos, que interpreta um aluno repetente que só sabe jogar videogame e ignorar os pais por causa de sua "audição seletiva".

A peça é educativa pois, após inúmeros conflitos,o Rei do “Reino da Educação” se apaixona pela Rainha do “Reino dos Mal Educados” e a convence que a educação e o amor são os melhores caminhos a se seguir, eles se casam e vivem felizes para sempre no novo "Reino da Felicidade”.

Vale a pena conferir!!! 

Texto & Direção: Mareliz Rodrigues
Colaboração de Texto e Assistente de Direção: Renato Valença Direção Musical & Preparação Vocal: Marcelo Rezende
Coreograf­as: Renata Ferreira
Produção: Espaço Cultural Vamos Fazer Arte
Temporada de 2 a 31 de maio de 2015
Teatro dos Grandes Atores
Sábados e Domingos às 17 h
Ingresso R$ 50,00
Meia R$ 25,00