Anvisa proibe a venda de alcool 70°!
Todos que acompanham o blog sabem que meu filho Arthur vive em internação domiciliar há aproximadamente 7 anos, depois de passar seu primeiro ano de vida em internação hospitalar.
Na internação domiciliar - conhecida também como home care - o paciente deve receber em casa, tudo o que teria ofertado em um hospital, com a vantagem de ser mais barata pois diminui os custos com o serviço de hospedagem (hotelaria), acompanhantes, além atingir a sua meta principal de humanizar os atendimentos, reduzir a hospitalização desnecessária, a taxa de re-internação e diminuir os riscos de infecção hospitalar.
Todos que acompanham o blog sabem que meu filho Arthur vive em internação domiciliar há aproximadamente 7 anos, depois de passar seu primeiro ano de vida em internação hospitalar.
Na internação domiciliar - conhecida também como home care - o paciente deve receber em casa, tudo o que teria ofertado em um hospital, com a vantagem de ser mais barata pois diminui os custos com o serviço de hospedagem (hotelaria), acompanhantes, além atingir a sua meta principal de humanizar os atendimentos, reduzir a hospitalização desnecessária, a taxa de re-internação e diminuir os riscos de infecção hospitalar.
Uma de nossas prioridades no atendimento é garantir higiene e assepcia, especialmente considerando a rotatividade de profissionais da saúde que passam a entrar e sair do domicílio, entrando em contato com o paciente após chegar de estabelecimentos de saúde, transitar pela rua, pegar em dinheiro, utilizar transporte coletivo etc.
Para isso, é aconselhavel a troca de roupa assim que se assume o plantao e a higienização - quando não se é possível tomar um banho!
Além disso, o ambiente utilizado pelo paciente e seus objetos devem ser constantemente higienizados com alcool 70°, inclusive no chão.
Eu pessoalmente, considerando a baixa imunidade de meu filho, cheguei a trocar o piso para porcelanato para poder passar pano com alcool no chão e evitar a colonização de bactérias.
O uso do álcool nas mãos
foi bastante popularizado no Brasil, na época em que o medo da gripe A (ou gripe
suína) rondava o nosso dia a dia. Shoppings, terminais de ônibus,
hospitais, restaurantes e diversos estabelecimentos, públicos e
privados, dispunham do álcool 70° para que as pessoas pudessem
higienizar suas mãos.
Segundo os infectologistas, a incidência de muitas doenças
infectocontagiosas diminuiu nesta época, mostrando a eficácia de tal
medida. A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) publicou, no dia 26 de outubro de 2010, no Diário Oficial da União, uma resolução que torna obrigatória a disponibilização
de álcool em gel para limpeza antisséptica das mãos, em todos os
serviços de saúde.
A concentração de pelo menos 70° do alcool é exigida porque a presença de
aproximadamente 30% de água, nessa solução, propicia a desnaturação de
proteínas e de estruturas lipídicas da membrana celular, e a consequente
destruição do micro-organismo, com maior eficiência do que em
porcentagens menores ou maiores de etanol. Se o alcool evapora mais rápido, diminui o tempo em que o mesmo fica em contato
com o micro-organismo, sendo, portanto, menos eficaz.
Desta forma, compro mensalmente caixas com litros de alcool 70° que são utilizados na assepcia do chão, dos brinquedos, utensílios domésticos, mobiliário hospitalar e até para limpar as mãos do Arthur quando necessário.
Sabemos que, normalmente, a utilização de alcool 70° gel é mais benéfica para as mãos pois evita o ressecamento da pele - mas não no caso das crianças especiais que levam a mão à boca a toda hora e irão acabar comendo alcool gel - especialmente as muito alérgicas considerando os aditivos, corantes e essencias que são adicionadas aos produtos! Mesmo motivo que nos inviabiliza a utilização de outros produtos degermantes.
Hoje, mais uma vez, fui surpreendida quando fui comprar alcool gel ao ser notificada pela loja que a anvisa proibiu a comercialização de alcool 70° para pessoas físicas e que, assim, não posso mais comprar algool para garantir a vida e a saúde de meu filho!
"Está em vigor, desde terça-feira (29/01/2013), a determinaçãoda ANVISA para que o álcool líquido com mais de 54º GL ou (46,3 INPM) saia do
mercado. Com isso, o produto não poderá mais estar à disposição do consumidor.
A medida é resultado de uma decisão judicial que reconheceu a legalidade da
resolução RDC 46 de 2002 da ANVISA, que proíbe a venda do álcool líquido em sua
forma mais inflamável. O álcool líquido de graduação igual ou inferior a
46,3°INPM (ou 54° GL) pode ser comercializado normalmente."
Gostaria de saber como todas as mães de crianças enfermas, imunodepressivas, pessoas com cancer que fazem quimioterapia e precisam ficar protegidas de contaminação, poderão fazer a assepcia necessária para garantir sua vida considerando que só poderão comprar vidrinhos de até 50 ml do líquido, o que muitas vezes não dá sequer para fazer assepcia na hora de realizar um curativo!