Nós todos somos o amanhã!

Nós todos somos o amanhã!

Monday 17 August 2015

Escolas particulares querem escolher seus alunos, querem poder escolher a quem ensinar.

Eugenia é a seleção dos melhores indivíduos para continuarem a raça humana.
Ao longo da história da humanidade, vários povos, tais como os gregos, celtas, fueginos (indigenas sul-americanos), eliminavam as pessoas deficientes, as mal-formadas ou as muito doentes. Hitler e sua política social racial da Alemanha Nazista eliminava pessoas visando a melhoria da raça ariana.

Agora as Escolas Particulares querem ter o poder de decidir qual aluno ensinar  e não querem receber deficientes e agora entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o art. 28 da Lei Brasileira de Inclusão, que garante a obrigatoriedade das escoas de receber o aluno deficiente.

Qualquer forma de seleção de seres humanos é preconceituosa e absurda! 
Vamos retroceder? Vamos voltar ao vale dos leprosos ou as câmaras de gás?  Vamos permitir que as escolas escolham quem deve aprender e quem deve frequentar as aulas??   Vamos falar em "aluno padrão", "ser humano padrão" e voltar o eugênico “ideal” de “pureza” nazista?

É essa escola que você quer para seus filhos?  Onde está a função social da escola? Qualquer contrato deve cumprir função social e ter boa-fé, porque o o contrato de prestação de serviço educacional não teria?   Você ainda acha que só quem ganha com  a inclusão é a criança deficiente???

A inclusão não beneficia somente as crianças deficientes, ao contrário, acho que beneficiam mais às outras crianças, que não conhecem dificuldades na vida. Volto sempre ao mesmo ponto - ao bem enorme que o convívio com as crianças deficientes faz para as faz para às crianças "ditas normais" - talvez elas sejam as que mais tenham a ganhar com a inclusão. Escolas particulares tendem a classificar alunos, separa-los em turmas padronizadas - os alunos que vão para a turma "A", onde todos são muito bonitos, saudáveis, tiram notas parecidas, podem comprar o mesmo brinquedo, etc. A criança é criada num gueto, com a falsa impressão de que o mundo é daquele jeito. Não aprende a lidar com certas dificuldades porque nem sabe da existência delas. Num futuro, se for reprovada num teste, não saberá como enfrentar essa situação. Se sofrer um acidente, perdendo uma perna, por exemplo, será capaz de suicidar-se por total despreparo emocional.    E se elas ganham tanto, crescendo como pessoas, não existe mal nenhum ou nenhuma injustiça,  no rateio de todas as despesas com mediadores ou materiais diferenciados no cálculo da mensalidade - nada mais é do que o Princípio da Justiça Distributiva (distribuição justa, equitativa e apropriada na sociedade, de acordo com normas que estruturam os termos da cooperação social).

Friday 7 August 2015

Campanha #PraçaAdaptada


Esta causa é antiga -  em agosto de 2011 já publicamos um artigo sobre Praças Adaptadas, apontando para a necessidade de que Praças, Playgrounds e todos os Espaços Públicos sejam adaptados e acessíveis, na esperança de que a ideia service de inspiração para que pracinhas e parques recebessem brinquedos adaptados e pudessem acolher todas as crianças sem qualquer distinção ou apartheid.



O preconceito vai muito além da ausência de brinquedos adaptados, ele  já começa no portão que não permite a entrada da cadeira de rodas de deixa a criança deficiente de fora, impedida de entrar no espaço infantil, como se verifica na Praça Iaiá Garcia, na Ribeira, Ilha do Governador.  


 



Na pracinha do Zumbi, em frente a escola Municipal Cuba, também na Ilha do Governador, os poucos brinquedos estão quebrados e sem qualquer manutenção.




Estamos há um ano das Olimpíadas de 2016 e o Rio de Janeiro é a cidade olímpica. A TV e a Prefeitura da Cidade estão nos bombardeando com marketing e informações sobre benfeitorias e obras mas, infelizmente, a cidade olímpica não pode ter o orgulho de ser acessível e inclusiva  - nem parece que logo após os jogos olímpicos estaremos sediando as Paraolimpíadas.


A brincadeira é uma ferramenta para o desenvolvimento da criança - desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo. Através da brincadeira podemos estimular varias áreas do desenvolvimento infantil que encontra-se  defasado, transformando a brincadeira num veículo terapêutico e de desenvolvimento de potencialidades.   

As crianças precisam brincar ao ar livre e os espaços públicos devem garantir a elas o direito de brincar de forma sadia e segura. Fiquei horrorizada ao chegar na praça e a cadeira de rodas do Arthur sequer passar no portão e por isso iniciei uma petição pública pedindo ao Prefeito a manutenção e adaptação desta praça. Essa vai ser apenas a primeira praça de muitas outras que vamos tentar mudar. Entre você também para a campanha #PraçaAdaptada. 

Assine nossa petição e divulgue.