A intolerância elitista está dominando os meios de comunicação.
Fechamos o ano debatendo os comentários infelizes de uma psicóloga veiculados no programa Domingão do Faustão sobre o massacre na escola em Newtown, nos Estados Unidos, e que provocaram danos irreparáveis à todo um trabalho que tem sido feito a favor da inclusão e da luta contra o preconceito que existe contra pessoas que tenham alguma enfermidade mental.O discurso apresentado no referido programa iguala Hannibal Lecter, o psicopata canibal do filme "O silêncio dos inocentes" com Sheldon Cooper, do seriado "The Big Bang Theory". Ora, não precisa ser um expert para saber que um psicopata é capaz de entender com maestria a mente dos outros, a ponto de manipular, enganar e, então, roubar ou matar.
Já os portadores da Síndrome de Asperger - uma síndrome do espectro autista - são ingênuos e têm uma fixação por seguir regras e leis, não têm malícia e não conseguem mentir, nem fazer nada que considerem errado.
Infelizmente as pessoas tendem a atribuir uma atitude abominável como matar crianças inocentes à algum problema mental e acabam por generalizar e esteriotipar todas as pessoas que tem alguma enfermidade mental e esperar delas atitudes violentas - já vi pessoas dizerem que crianças com paralisia cerebral ou sindrome de down são violentas e isso não é verdade.
Eu mesma estou cansada de me deparar com pessoas que ficam realmente surpresas ao ter contato com meu filho (que tem apenas uma paralisia cerebral) e perceberem o quão carinhoso ele é - pessoas que já chegam perto dele com medo ou esperando alguma reação violenta!
Como salientou Patricia Kogut, a TV, mais que todas as mídias, tem o poder de formar opiniões - e por isso mesmo não pode tratar de determinados assuntos de forma irresponsável sob pena de causar danos irreparáveis.
Fechamos o ano debatendo os comentários infelizes de uma psicóloga veiculados no programa Domingão do Faustão sobre o massacre na escola em Newtown, nos Estados Unidos, e que provocaram danos irreparáveis à todo um trabalho que tem sido feito a favor da inclusão e da luta contra o preconceito que existe contra pessoas que tenham alguma enfermidade mental.O discurso apresentado no referido programa iguala Hannibal Lecter, o psicopata canibal do filme "O silêncio dos inocentes" com Sheldon Cooper, do seriado "The Big Bang Theory". Ora, não precisa ser um expert para saber que um psicopata é capaz de entender com maestria a mente dos outros, a ponto de manipular, enganar e, então, roubar ou matar.
Já os portadores da Síndrome de Asperger - uma síndrome do espectro autista - são ingênuos e têm uma fixação por seguir regras e leis, não têm malícia e não conseguem mentir, nem fazer nada que considerem errado.
Infelizmente as pessoas tendem a atribuir uma atitude abominável como matar crianças inocentes à algum problema mental e acabam por generalizar e esteriotipar todas as pessoas que tem alguma enfermidade mental e esperar delas atitudes violentas - já vi pessoas dizerem que crianças com paralisia cerebral ou sindrome de down são violentas e isso não é verdade.
Eu mesma estou cansada de me deparar com pessoas que ficam realmente surpresas ao ter contato com meu filho (que tem apenas uma paralisia cerebral) e perceberem o quão carinhoso ele é - pessoas que já chegam perto dele com medo ou esperando alguma reação violenta!
Como salientou Patricia Kogut, a TV, mais que todas as mídias, tem o poder de formar opiniões - e por isso mesmo não pode tratar de determinados assuntos de forma irresponsável sob pena de causar danos irreparáveis.
Agora, mais uma vez, nos deparamos com outra matéria absurda publicada na revista VEJA - após o recente repugnante e preconceituoso artigo “Parada gay, cabra e espinafre”) e que, mais uma vez vem prestar um deserviço à sociedade: o artigo "O Ano das criancinhas mortas" de Lia Luft.
Segundo a autora: "O politicamente correto agora é a inclusão geral, significando também que crianças com deficiência devem ser forçadas (na minha opinião) a frequentar escolas dos ditos 'normais' (também não gosto da palavra), muitas vezes não só perturbando a turma, mas afligindo a criança, que tem de se adaptar e agir para além de seus limites - dentro dos quais poderia se sentir bem, confortável e feliz".
Para a Autora "inclusão geral" é apenas um modismo politicamente correto que obriga os os deficientes a conviver com seus coleguinhas da escola tradicional e se "afligem" por isso - como se ela tivesse a certeza de que vivendo segregados das demais crianças da mesma idade, as crianças deficientes vivem "bem, confortáveis e felizes".
O texto reflete a intolerância elitista da Autora e foi muito bem rebatido pelo Jornalista Andrei Bastos em uma critima que merece ser lida - infelizmente muitas pessoas se atrevem a falar do que não sabem, do que não conhecem e acabam dizendo asneiras, nos deixando sempre indignados com tamanha ignorância.
De minha parte, sem correr o risco de ser repetitiva, volto pontualmente aos comentários que fiz na oportunidade da reportagem "Inclusão de crianças com deficiências em escolas comuns é um desafio" - que tratou sobre a luta do Arthur pelo seu direito de frequentar uma escola regular, exibida no Jornal da Record News, onde o comentário da psicóloga Maria Luísa Bustamante - "o convívio não pode ser empurrado pela goela abaixo dos professores e dos alunos sem que haja um cuidado e uma preparação" - também provocou um grande estrago:
De minha parte, sem correr o risco de ser repetitiva, volto pontualmente aos comentários que fiz na oportunidade da reportagem "Inclusão de crianças com deficiências em escolas comuns é um desafio" - que tratou sobre a luta do Arthur pelo seu direito de frequentar uma escola regular, exibida no Jornal da Record News, onde o comentário da psicóloga Maria Luísa Bustamante - "o convívio não pode ser empurrado pela goela abaixo dos professores e dos alunos sem que haja um cuidado e uma preparação" - também provocou um grande estrago:
- Não se pode falar de crianças especiais como se estas fossem uma coisa desagradável, aberrações que estão sendo impostas aos professores e demais alunos.... são seres humanos, pessoas em desenvolvimento, crianças, que precisam de amor, atenção e respeito independente de qualquer preparo.
- NÃO EXISTE CURSO DE ACEITAÇÃO DE PESSOAS ESPECIAIS, Não existe preparação para se receber, aceitar e respeitar um ser humano - quando se fala em preparo para inclusão este é em benefício do deficiente, está direcionado ao preparo profissional especial para ajudar o deficiente a desenvolver seu potencial e superar suas limitações.
- As deficiências não são somente inatas e podem ser adquiridas a qualquer tempo, por qualquer pessoa - nenhuma mãe faz um curso especial para ser mãe de uma criança deficiente e não existe nenhum curso preparatório para pessoas antes de sofrer um acidente que lhes limitará suas habilidades.
- A diferença existe em todo lugar, pessoas portadoras de necessidades especiais frequentam shoppings, praças, supermercados e ninguém precisa de um preparo especial para frequentar tais locais ou deixa de frequentá-los para afastar-se das diferenças.
- Os pais sabem que, na escola, seus filhos estarão em contato com outras pessoas e que, em não pode haver distinção de qualquer espécie seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza - ninguém põe o filho na escola esperando que esta lhe forneça um mundo de fantasia e isolamento, afastando-os da realidade da vida.
- Este tipo de opinião já gerou campos de concentração, apartheid, genocídio e, em escolas, gera Bullying quando um colega ou um professor resolve "não engolir o outro goela abaixo" - vivemos em sociedade e temos que nos comportar civilizadamente, respeitando normas jurídicas, sociais, morais e éticas.
- Um professor não pode recusar um aluno ou escolher um aluno. Se ele escolheu lecionar, tem que aprender a atender todos os alunos. Se não se sente preparado, que busque ajuda e se prepare - Se não tem competência, gabarito ou intensão de atender a todos, é melhor que escolha outra profissão - se é que existe alguma profissão cujo exercício permita a exclusão! E o mesmo serve para qualquer outra pessoa, mesmo outros alunos e pais de outros alunos.
Não posso deixar de ressaltar o bem enorme que o convívio com as crianças deficientes faz para as faz para às crianças "ditas normais" - talvez elas sejam as que mais tenham a ganhar com a inclusão. E vou além, me atrevo a dizer que modelo pedagógico usado em algumas escolas de
classificação de alunos em turmas A, B e C, pelo critério da maior
aptidão, está na contramão de direção desse progresso
intelectual. (algumas escolas particulares já começam a selecionar as "melhores cabeças"
em provinhas, aos 04 e 05 anos de idade). São alunos padronizados - os alunos que vão
para a turma "A", onde todos são muito bonitos, saudáveis,
tiram notas parecidas, podem comprar o mesmo brinquedo, etc.
Resultado: a criança é criada num gueto, com a falsa impressão de
que o mundo é daquele jeito. Não aprende a lidar com certas
dificuldades porque nem sabe da existência delas. Num futuro, se for
reprovada num teste, não saberá como enfrentar essa situação. Se
sofrer um acidente, perdendo uma perna, por exemplo, será capaz de
suicidar-se por total despreparo emocional.
Vivemos em uma sociedade plural e estamos na ERA DOS DIREITOS HUMANOS - NÃO EXISTE MAIS ESPAÇO PARA A INTOLERÂNCIA, não existe mais espaço para a exclusão, não podemos mais admitir nenhuma forma de preconceito!
Proponho a todos um momento de reflexão: VOCÊ QUER SER RESPEITADO? Ótimo, todos nós queremos! Você gosta que respeitem à sua dignidade? Todos os demais seres humanos também!
E, mais uma vez, para aqueles que só entendem a linguagem popular: todo mundo tem que engolir todo mundo, "o direito de um termina quando começa o do outro", a relação entre as pessoas é como uma rua de mão dupla "os normais têm que engolir os deficientes na mesma medida que os deficientes têm que engolir os normais"; para sermos respeitados, temos que saber respeitar; "o vento que venta lá, também venta cá", e assim por diante.